sexta-feira, 11 de setembro de 2009

verdade

busco a verdade e tudo que seja verdadeiro. não importa o quanto ela possa ser desagradável. importa o quanto real ela seja
a fantasia é devastadora como um terremoto

quero a verdade a cada segundo. quero ser verdadeiro a cada instante, quero a vida verdadeira, olhar de frente pra verdade por pior que seja, por mais em carne viva que esteja, olhar bem dentro dos olhos dela e aprender a ama la por ser real.

qualquer coisa que escape a isso, é ilusão, inexiste.
não quero sonhos forjados, contos de mentira com finais felizes.
quero a vida que aqui eu bebo, que encerra se na verdade.

mentira

A mentira cindi a possibilidade do acontecimento entre dor e espanto, entre perplexidade e incredibilidade. O que era ou parecia, deixou de ser, não por completo, mas perdeu a forma e já não se sabe o que sobrou. Na tentativa de reconstruir o verso do desalinho a força surgi e estanca um pouco o sofrer.

uma nova mentira, no entanto cala a dor, que em seu movimento rápido, invade todos os poros, sufocando-os pelo veneno da magoa,
degredo, pensamentos desconexos, não há similaridade entre nada
e lá fora o mundo continua igual, com pessoas hipócritas sorrindo, sabe se lá de que, trazendo uma orquestra de felicidade, com bailarinas de sorrisos de resina.

Deixem-me curtir a dor sem interrupção no meu devir. Danem-se as horas, dane–se a parada, dane-se seu olhar moribundo, tentando surpresa. Sei que não o afeta o movimento em mim. Seus olhos estão voltados para o seu prazer insaciável, desejo sobre desejo, carne sobre carne, é preciso gozar constantemente para sentir-se vivo, para sentir se amado, aprovação a qualquer custo para prosseguir e o que se constrói são ilusões, falsas sensações de prazeres que se liquefazem em contato com o mínimo de realidade com o mínimo de exterior.

Dentro desse absurdo tudo cabe, mas não existe. O espaço é limitado, por isso a escolha do que o preenche se faz necessário, para que caiba a porção exata, para que ela não apodreça e contamine todo o resto. Saber abandonar o que sobra é um gesto de libertação, que poucos sabem.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

olhares

que olhares são esses
em que me estranho
e vejo minha face deturpada
descabida
o que faço aqui?
Que sonho é esse
isso é ser feliz
não acreditar
não ter tranqüilidade
na distancia
ter um câncer no pensamento
o que vale
que olhares são esses que
me vêem a distancia

Me sinto triste
e descabido
sem jeito de me olhar no espelho
com a face sem cor
aparentemente tudo certo
dentro um deserto
de medo de tristeza, dissabores
que é o amor pra ti
será que sabes

movimento imaginário

meu imaginário se degrada diante
da distancia em que se coloca
embora ali, tocando meu pé
já não sei quem é, e
receio não saber me
ter desaprendido sobre mim
ao tentar olhar te
decifrar aquilo que
se preserva escondido escancaradamente
que dita as regras ao vento
no seu mundo sem regras,
unilateral
não há outro lado nem outro olhar
O que rege o prazer, o seu
e o mundo tem que dar prazer
ao seu criador,