quinta-feira, 8 de abril de 2010

cantoria do adeus

triste no meu deserto de vento
meus olhos queimam
pela histeria das lagrimas

tentando ainda em vão acreditar
em que canto nem sei,
invento a cantoria mendaz
enganando-me no som que criei
para embalar minha descrença
pra que ela durma,
pra que eu não veja o mais que candido
desse momento.

eu me perdia em todas as desculpas
para protelar o adeus
não via a indifrença, nem o ostracismo em que colocava-me
pensava cansaço, trsiteza, pensava tudo, menos a realidade
do que era sua frieza.

horrivel as horas de mãos fugidas,
fingidas em cansaço, descaso disfarçado
em desculpas de ambos os lados

trisite sentir o que o outro já não sente mais,
pior é fazer-se crer nisso
doi o insupotavel da dor
que não grita pela fraqueza
da alma, do corpo, do ser

foge a compreensão esse sentimento
sem tamanho, sujeito ao desrespeito,
ao descaso, a humilhação, em troca de
pouco, muito pouco

como alguem contenta-se com
isso? Quanto há do amor
nesse peito sem medida?
quanto há de doença em minha alma
pra que eu suporte tanto?

parece veneno, toxico, absurdo,
por que todos conseguem ver, menos eu?
ou só eu vejo o que os outros não veem?
por que não concluir o que já está concluído por
si só?

preciso encontrar a descencia do ser novamente
a dignidade no meu olhar, olhar me nos meus olhos,
sem vergonha nem medo, saber que fui violentado,
mas estou vivo, encontrar nessa dor dilacerante
que ficou, outra forma de vida, outro homem em mim
ou estarei definitivamente morto