domingo, 17 de maio de 2009

movimento da revelação

Agora já não há o medo
o frasco espalhou seu cheiro
e encheu a sala de horrores muitos
os risos de espanto contidos pelos cantos
cindindo a vontade da não verdade com o medo

Olho a todos e todos me olham, não mais
como humano, mas como sub-espécie
Não me incomodo, nem esperava diferente olhar
a mesma sensação, convive em mim há anos

Eu e meu devir para alem de mim e dos que me cercam
O que me resta são certezas, não dissabores
Vou construindo minha teia, alheia a qualquer pensar
sobre mim construído

Quem poderá saber dos meus caminhos 
a não ser eu mesmo?
Não forço ninguém a entrar, convido-os apenas
Que cada um faça a sua escolha,
a minha, em algum momento foi imposta
Abro portas e janelas pra que exalem os odores
da casa em reconstrução
quem suportar que aproxime se

Um comentário:

  1. Interessante reflexão. Me lembra "Primeiro Andar" do Rodrigo Amarante. O que me faz refletir ainda mais sobre o que escrevestes. Espero que postes mais seguido. Preciso ler mais poemas. Dá uma passada no meu blog se gostares de filmes www.cinepoemaprosa.blogspot.com

    Abraço

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